Publicado em 12 de dezembro de 2024

A intransigência da extrema direita: de Cuiabá a Rondonópolis, um desafio à democracia

Acostumados a disseminar críticas infundadas e fake news, os políticos da extrema direita demonstram dificuldades em manter a postura democrática quando alcançam o poder. Um exemplo claro disso foi o erro cometido pelo prefeito eleito de Cuiabá, Abílio Brunini, que tentou impor seus candidatos à Mesa Diretora da Câmara Municipal. A péssima repercussão de sua atitude, tanto entre os parlamentares quanto entre a população cuiabana, levou-o a recuar. No entanto, o episódio não foi suficiente para ensinar uma lição aos seus aliados.

Na quarta-feira (11), um novo capítulo da intolerância da extrema direita mato-grossense veio à tona, desta vez em Rondonópolis. O vereador petista Júnior Mendonça, durante sessão na Câmara Municipal, denunciou a interferência do prefeito eleito Cláudio Paisagista (PL) na composição da Mesa Diretora, apontando que, para alguns, não basta ter um mandato – é preciso silenciar a oposição, impedindo que ela ocupe espaços importantes no poder. Júnior, que é o atual presidente da Câmara e busca a reeleição, conta com a simpatia da maioria de seus pares.

Com o objetivo de impedir sua reeleição, o prefeito Cláudio Paisagista teria ameaçado demitir parentes e pessoas indicadas por vereadores, caso estes não votassem em seu candidato à presidência, Paulo Schuh (PL). “Prefeito Cláudio, o senhor é um tirano. Está ligando de vereador para vereador. Os colegas vereadores Batista e Adilson Naboeiro já saíram daqui com medo do senhor. É essa a novidade que a prefeitura vai trazer? Eu não estou entendendo, vossa excelência”, desabafou Mendonça, durante a votação.

Para se proteger dessas ameaças e ataques, Júnior Mendonça defendeu a adoção da votação secreta para a escolha da Mesa Diretora, uma prática já consolidada na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, no Senado e na Câmara Federal.

A proposta foi aprovada em primeira votação, com 13 votos a favor e 5 contra. Os vereadores que se posicionaram contra foram Kalynka Meirelles (PL), Paulo Schuh, Doutor José Felipe Horta (PL), Beto do Amendoim (PSB) e Subtenente Guinâncio (PSDB). Na segunda votação, o placar foi de 11 a 5, com a saída do plenário dos vereadores Batista da Coder (PSB) e Adilson Naboeiro (MDB). Os votos contrários permaneceram os mesmos.

Assista ao pronunciamento de Júnior Mendonça na íntegra:

https://youtu.be/Zk04dmyIkq8

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