Publicado em 2 de novembro de 2025

Bolsa Família: 2 milhões de famílias deixaram de depender do benefício em 2025

A sergipana Carla Pereira Barros, 39 anos, foi a primeira integrante da família dela a concluir o ensino superior. Ela conseguiu romper o ciclo de pobreza geracional graças ao Bolsa Família, marca dos governos do Partido dos Trabalhadores (PT). Depois de 14 anos inserida no programa, Carla devolveu o cartão por meio do qual o benefício é pago.

“Foi uma alegria imensa ter participado do programa e fiquei mais alegre ainda quando pude devolver o cartão”, agradeceu a agora professora formada pela Universidade Federal de Sergipe (UFS).

Moradora de Aracaju, Carla encarou cenário de dupla vulnerabilidade: a pobreza extrema e a violência doméstica do ex-companheiro. Certa vez, uma enchente na capital sergipana a obrigou a buscar amparo para as três filhas em um escola pública. Nayra Milena, Emanuele Cristina e Júlia Gabriele sobreviveram seis meses com doações.

Por conta do contexto social, Carla foi conduzida, em 2010, ao Centro de Referência de Assistência Social (CRAS). Ali, ela descobriu a possibilidade de se tornar uma beneficiária do Bolsa Família. “Da pobreza, da lama, eu dei uma subidinha de degrau”, reconheceu.

A história de Carla e suas filhas se soma a de outras 2 milhões de famílias que conseguiram se libertar da miséria, entre janeiro e outubro de 2025, devido ao programa federal.

Desmente também a falácia de que as classes mais desfavorecidas da população estão no Bolsa Família porque não querem trabalhar. É exatamente o oposto: a mínima oportunidade concedida a uma chefe de família é capaz de transformar a realidade de toda uma geração.

Os dados são da Secretaria Nacional de Renda de Cidadania (Senarc) do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS).

Das 2.069.776 famílias que deixaram de depender do programa de transferência de renda neste ano, a maioria (1.318.214) saiu do benefício em razão do aumento dos ganhos totais no domicílio. Outras 24.763 fizeram o desligamento voluntário, enquanto 726.799 famílias concluíram o período na Regra de Proteção.

O mecanismo permite que o beneficiário continue recebendo metade do valor do Bolsa Família por até 12 meses, mesmo após superar o limite de R$ 218 mensais per capita e não ultrapassando R$ 706.

Programa sustentável

Em outubro, o Bolsa Família atendeu 18,9 milhões de famílias em todo o país, menor patamar desde o início do terceiro mandato do presidente Lula. O chefe do MDS, ministro Wellington Dias, destacou que o programa tem cumprido seu papel de melhorar a vida das pessoas mais pobres de maneira segura e sustentável.

“É importante dizer que quem entra no Bolsa Família só sai para cima, seja porque conquistou uma renda maior com o trabalho, seja porque abriu o próprio negócio. E, caso perca essa renda, retorna automaticamente ao programa. Esse é um caminho sustentável, e quanto mais avançarmos em educação e oportunidades, mais seguro será o futuro das famílias brasileiras”, defendeu o ministro.

 

 

 

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